DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA DE ANÁLISE ESPACIAL PARA DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL DE NISA

Luís Quinta-Nova, Suzete Cabaceira, Paulo Fernandez

Resumo


A Estrutura Ecológica (EE) é uma figura de ordenamento do território integrada na legislação portuguesa pelo Decreto-Lei n.º 380/99; no entanto foi sempre muito vaga no seu conceito, com uma definição pouco clara que deu origem a diversas interpretações. Esta estrutura visa a sustentabilidade ecológica da paisagem e tem que ser delimitada a todas as escalas do planeamento. À escala local, a Estrutura Ecológica Municipal (EEM) representa uma figura de planeamento ambiental integrada no Plano Director Municipal (PDM), cuja implantação se revela fundamental para a concretização dos pressupostos de desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida das populações. Este estudo tem como objetivo desenvolver uma metodologia de análise espacial para definição da Estrutura Ecológica Municipal de Nisa. Através de uma metodologia SIG, identificam-se e analisam-se as componentes físicas e biológicas dos ecossistemas presentes no território municipal. Depois de concluída a interpretação do território, e com base nesta, delimita-se a EEM de Nisa e são atribuídos graus de proteção aos valores naturais e seminaturais em presença, numa perspetiva de preservar as zonas mais sensíveis da paisagem, que contribuem para a preservação e promoção da biodiversidade e para a valorização ambiental.


Palavras-chave


Paisagem, Estrutura Ecológica, SIG

Texto Completo:

PDF

Referências


Ahern, J. (1995). Greenways as planning strategy. Landscape Urban Planning 33 (1-3), 131–155. https://doi.org/10.1016/0169-2046(95)02039-V.

Balian, E., Eggermont, H., Le Roux, X. (2014). Outputs of the Strategic Foresight workshop “Nature-Based Solutions in a BiodivERsA context. BiodivERsA report, Brussels.

Cangueiro, J. (2005). A Estrutura Ecológica e os Instrumentos de Gestão do Território: Conceito, Ferramenta, Operacionalidade. Coleção Ambiente e Ordenamento. Porto: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

CE - Comissão Europeia (2011). Our life insurance, our natural capital: an EU biodiversity strategy to 2020. COM (2011)244. European Commission, Brussels.

CE - Comissão Europeia (2013). Green Infrastructure (GI) - Enhancing Europe's Natural Capital. COM (2013)249. European Commission, Brussels.

CCDR Alentejo (2008). PROT Alentejo. Relatório Fundamental (proposta final). Documento Interno CCDR Alentejo.

Conselho da Europa (2000). European Landscape Convention, 2000. Strasbourg. http //www.coe.int/t/dg4/cultureheritage/heritage/Landscape/Publications/Convention-Txt-Ref_en.pdf

ECNC - Centro Europeu para a Conservação da Natureza (2010). Ecological Networks in Europe: Current status of implementation. European Centre for Nature Conservation.

EEA - Agência Europeia de Ambiente (2015). Green infrastructure: better living through nature-based solutions. European Environment Agency Publications Office of the European Union, Luxembourg.

Fabos, J. G. (2004). Greenway planning in the United States: its origins and recent case studies. Landscape Urban Planning 68 (2–3), 321–342. https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2003.07.003.

Lennon, M., Scott, M., Collier, M., Foley, K. (2015). Developing green infrastructure “thinking”: devising and applying an interactive group-based methodology for practitioners. J. Environ. Plan. Manag. 59 (5), 843–865. https://doi.org/10.1080/09640568.2015.1042152.

Linehan, J., Gross, M., Finn, J. (1995). Greenway planning: developing a landscape ecological network approach. Landscape Urban Planning 33, 1-3 169-2046(94)02017-5.

Liquete, C., Kleeschulte, S., Dige, G., Maes, J., Grizzetti, B., Olah, B., Zulian, G. (2015). Mapping green infrastructure based on ecosystem services and ecological networks: a Pan-European case study. Environ. Sci. Policy 54, 268–280. https://doi.org/10.1016/j.envsci.2015.07.009.

Magalhães, M. R. (2001). A Arquitectura Paisagista - morfologia e complexidade. Lisboa: Editorial Estampa.

Magalhães, M. R., et al. (2007). Estrutura Ecológica da Paisagem. Conceitos e Delimitação - escalas regional e municipal. Lisboa: ISAPress.

McHarg, I. (1969). Design with nature. John Wiley and Sons, New York.

Potschin, M., Haines-Young, R., Fish, R., Turner, R.K. (2016). Handbook of Ecosystem Services. Routledge, London, New York.

Selman, P., 2009. Planning for landscape multi-functionality. Sustainability: Science, Practice and Policy 5(2), 45–52.

Telles, G. R. et al. (1997). Plano Verde de Lisboa. Lisboa: Edições Colibri.




DOI: https://doi.org/10.46691/es.v1i30459

Apontadores

  • Não há apontadores.