INGESTÃO E EXCREÇÃO DE SÓDIO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA

António José Gonçalves Fernandes

Resumo


Com o avançar da idade, o ser humano é sujeito a alterações fisiológicas. Estas contribuem para a redução da sensibilidade a gostos primários, sobretudo, o salgado. O idoso tende a aumentar o consumo de sal de forma a ajustá-lo ao paladar. Assim, os valores de sódio (Na) elevados aumentam o risco de manifestar tensão arterial (TA) elevada. Esta situação associada a um nível elevado de Índice de Massa Corporal (IMC), constitui um risco maior para as patologias cardiovasculares (PCV), uma das principais causas de morte.

Este estudo teve como objetivo comparar a ingestão e a excreção de Na em idosos institucionalizados tendo em consideração o risco para as PCV, o IMC e a TA. Foram, ainda, tidos em consideração fatores como a idade, o género e os alimentos externos à instituição. O estudo envolveu uma amostra de 40 idosos, no qual, se realizou uma entrevista juntamente com um recordatório 24h para a quantificação de Na ingerido. A quantificação de Na excretado foi determinada através de análises clinicas quantitativas de urina de 24 horas.

A maioria dos idosos tinha mais de 85 anos e apresentava risco de PCV (85%), era do género feminino (65%), apresentava sobrepeso (77,5%), tinha a TA normal (65%), consumia alimentos externos à instituição (57,5%) e não tinha o hábito de adicionar sal à comida (100%). Verificou-se que a ingestão de Na era maior em idosos com risco de PCV e que tinham IMC elevado. Os outros fatores considerados revelaram ser fatores não diferenciadores da ingestão de Na. Quando comparada a excreção de Na segundo todos os fatores, verificou-se a inexistência de diferenças, estatisticamente, significativas.



Palavras-chave


Ingestão, Excreção, Sódio, Idosos, Bragança

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DOI: https://doi.org/10.46691/es.v1i1991

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