TURISMO SÉNIOR: QUALIDADE DE VIDA PERCECIONADA PELOS IDOSOS EM ZONAS URBANAS E RURAIS

José Rodrigues, Ricardo Pocinho

Resumo


O envelhecimento populacional é um fenómeno que é visível em muitos países dentro e fora da União Europeia. Em Portugal, o envelhecimento populacional tem sido alvo de várias investigações multidisciplinares, sendo considerado um fenómeno com impacto a nível social que exige e requer uma análise profunda das políticas sociais existentes. O Turismo Sénior, como resposta social, surge num mercado com grande potencial uma vez que a população envelhecida está a aumentar. Por isso, apostando-se neste sector populacional e, aliando-se aos programas de envelhecimento ativo, o turismo sénior dirige atividades específicas para a terceira idade. De facto, alguns estudos referem que as atividades que promovem o envelhecimento ativo demonstram ter um papel importante na melhoria da qualidade de vida dos idosos portugueses praticantes, promovendo uma saúde física e psicológica mais positiva e protetora de deterioração cognitiva.

O Turismo Sénior surge, neste âmbito, com interesses e objetivos especificamente pensados para esta faixa etária. Assim, tornou-se importante compreender e analisar que impactos biopsicossociais se verificam nas pessoas idosas que recorrem ao turismo sénior. Adicionalmente, e procurando pormenorizar a população idosa portuguesa, foi também importante compreender quais os impactos em função das suas localidades (urbanas ou rurais). A literatura refere que a qualidade de vida das pessoas se perceciona de forma diferenciada consoante a zona geográfica e o seu maior ou menor despovoamento das regiões.

Assim, o presente estudo pretende realizar uma análise caracterizadora da população idosa portuguesa que frequenta o programa do turismo sénior e, particularmente, efetuar uma análise se se verifica uma diferenciação no perfil do consumidor consoante a sua área de residência. Pretende-se, de uma forma mais pormenorizada, perceber se os idosos que residem em zonas urbanas têm um perfil diferenciado dos idosos que residem em zonas rurais. Serão estudadas variáveis biopsicossociais para uma caracterização mais completa e profundado o perfil do turista sénior, com a verificação da existência, ou não, de sintomas depressivos, sintomas de ansiedade, sentimento de isolamento e perceção de autoestima. Ou seja, pretende-se responder às questões “será que o turista sénior perceciona uma qualidade de vida positiva?” e “existirão diferenças na qualidade de vida dos turistas seniores, consoante a localização geográfica destes?”.


 


Palavras-chave


Turismo, turismo sénior, envelhecimento ativo.

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DOI: https://doi.org/10.46691/es.v1i24242

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