O USO DA ÁGUA NA AGRICULTURA EM PORTUGAL PARTE II – ASPECTOS AMBIENTAIS DA AGRICULTURA DE REGADIO

António Canatário Duarte, Amparo Melián Navarro

Resumo


A actividade agrícola de regadio está associada à utilização massiva de fertilizantes e outros agroquímicos, devendo ter responsavelmente implícita o consumo moderado e eficiente da água, bem como a conservação da sua qualidade depois de usada e lançada novamente no meio hídrico. O objetivo deste estudo é avaliar a forma como evoluem a concentração de sais, azoto nítrico e amoniacal em duas campanhas de rega, bem a sua carga contaminante relacionada com o volume de fluxos de retorno. A bacia hidrográfica de estudo situa-se no concelho de Idanha-a-Nova, estando incluída no Aproveitamento Hidroagrícola da Campina da Idanha. Apresenta uma área de 189 hectares, os declives mais representativos variam entre 0 e 4%, os solos maioritariamente presentes são das categorias dos Cambisols e Luvisols, e as culturas de regadio são sobretudo tabaco, milho e sorgo. Uma estação hidrométrica e de qualidade da água, assegura a avaliação do escoamento e da concentração dos contaminantes sais e azoto. A qualidade dos fluxos de retorno, relativamente aos contaminantes em estudo, ainda que ligeiramente diminuída, fica longe de comprometer o seu uso a jusante, deixando perceber que se a água derivada para a actividade agrícola for de boa qualidade, esta não é significativamente degradada quando usada e lançada novamente no meio hídrico. As características de solubilidade e mobilidade dos contaminantes, a sua disponibilidade no solo, bem como o volume dos fluxos de retorno, determinam a dinâmica destes contaminantes ao nível de uma pequena bacia hidrográfica de regadio.


Palavras-chave


Agricultura de regadio, aspectos ambientais, bacia hidrográfica agrícola, qualidade da água, contaminante sais, azoto e fósforo

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DOI: https://doi.org/10.46691/es.v2i27342

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