HÁBITOS ALIMENTARES E OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Márcia Martins, António José Gonçalves Fernandes, Juliana Almeida-de-Souza

Resumo


A obstipação intestinal é um problema de saúde que ronda, nas populações da América do Norte, entre os 2% a 27 % e, na Oceânia e Europa, 5% a 35%. Revisões já feitas afirmam que uma possível forma de tratamento é através da alimentação. Por isso, o objetivo do estudo é verificar a associação entre o consumo alimentar e a obstipação intestinal. Para isso, foi feita uma pesquisa nas bases de dados PubMed e Web of Science com as palavras-chave diet e constipation. Após serem encontrados 3857 artigos, estes foram selecionados indo ao encontro dos critérios de inclusão, nomeadamente, artigos originais e de pesquisa que relacionassem a obstipação à dieta, a espécie fosse humana e sem outra patologia intestinal associada, incluindo qualquer idade e género e que tivessem sido publicados no período de 2007-2016. Após a seleção pelo título e resumo, 20 artigos foram incluídos na revisão.

Ao analisar os resultados de todos os estudos, verificou-se que a alimentação está associada à obstipação intestinal. A fibra tem um papel muito importante para a diminuição da obstipação intestinal. Nutrientes como o magnésio e zinco, também, demonstraram diminuir a obstipação. Alimentos como hortícolas, fruta, batata, ovos, soja, grãos integrais, próbioticos kefir e ingestão de líquidos ajudam a combater a obstipação. Em contrapartida, o leite de vaca, iogurte, pão, massa, arroz, bolachas, e o padrão alimentar fast-food tendem a aumentar a obstipação intestinal, podendo ser o motivo do aparecimento desta patologia. Ao consumir esses alimentos obstipantes comprometem a saúde intestinal.

Conclui-se que os hábitos alimentares estão associados à presença/ausência de obstipação intestinal, sendo importante adotar medidas corretivas para minimizar ou eliminar esta patologia, tendo em atenção os alimentos que se devem ingerir.



Palavras-chave


Obstipação intestinal; Dieta

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DOI: https://doi.org/10.46691/es.v2i25222

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